• Arrecadação cai 30% e São João fica ameaçado em cidades baianas

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    30/05/2018 - 12:38


    BAHIA

    Faltando menos de um mês para o São João, o destino da maior festa do Nordeste do país ainda é incerto este ano. Devido à paralisação nacional dos caminhoneiros, que entrou no 10º dia nesta quarta-feira (30), os prefeitos já não têm certeza se os arraiás serão mantidos. De acordo com o Correio, até o momento, 30% da arrecadação dos municípios foi comprometida pela greve. Segundo o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro, a paralisação dos caminhoneiros está tirando o sono dos prefeitos e obrigando os gestores a encurtar e, em alguns casos, até mesmo cancelar a festa. “Registramos uma queda de 25% a 30% na arrecadação, isso apenas nesses nove dias de greve. Muitos prefeitos estão reduzindo o tamanho da festa e alguns estão cancelando por falta de recurso. A orientação da UPB é que eles façam cortes para conseguir pagar a folha e manter os serviços essenciais”, disse. Em Bom Jesus da Lapa, onde Eures é prefeito, a festa de São Pedro seria de três dias, mas foi reduzida para dois. Além disso, algumas bandas foram dispensadas, o que deve gerar economia de 40% nas despesas. Mesmo assim, o presidente da UPB acredita que, após as festas, os prefeitos terão que fazer demissões, corte de horas extras e suspender serviços. Ele contou que em Porto Seguro, Sul da Bahia, a festa foi cancelada e que alguns prefeitos não conseguiram fazer a inscrição para receber a ajuda de recurso do governo do estado para o São João. O motivo: não tem combustível para vir à capital. “Conversei com o governador e o prazo foi estendido até o dia cinco”. Alguns municípios estão com atraso na entrega dos equipamentos para montagem dos palcos. Outras cidades remarcaram ou cancelaram festas por falta de combustível para os geradores ou porque temem que a queda na arrecadação tributária comprometa os pagamentos.

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