• Assim como Alckmin, Wagner, Leão e Neto tiveram processos da Lava Jato remetidos ao TRE

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    Por Alexandre Galvão

    15/04/2018 - 13:07


    JUSTIÇA

    O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), viu essa semana parte de inquérito da Lava Jato contra ele ser encaminhado ao TRE-SP. A Corte eleitoral investigará, agora, crime eleitoral e não mais de natureza criminal contra o tucano. A manobra foi vista como uma "salvação" do político das garras da Lava Jato. Na Bahia, porém, três figuras importantes do cenários políticos tiveram seus processos também encaminhados para o TRE-BA. Dois deles, inclusive, já inocentados. O primeiro é o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, pré-candidato ao Senado. Wagner era acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber US$ 12 milhões em caixa 2 para a campanha de 2010, um relógio no valor de US$ 20 mil, além de repasses, também não registrados, de R$ 10 milhões. As acusações, de acordo com a juíza Patrícia Cerqueira Kertzman Szporer não representavam "ilícito eleitoral". "Ou, ainda, da falta de indícios mínimos da ocorrência de delito na seara eleitoral para justificar a instauração de inquérito policial no âmbito desta Justiça Especializada.  […]Restando demonstrado que não há qualquer referência ou elementos informativos mínimos de suposto crime eleitoral, não há que se falar em instauração de inquérito policial, ressalvada a possibilidade de procedimento apuratório se, em algum momento, surgirem indícios concretos, e não meras conjecturas desprovidas de amparo na realidade fática, que o justifique”. Outro que se livrou de parte das acusações foi o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). O democrata era suspeito de ter recebido, via caixa 2, R$ 1,8 milhão da Odebrecht. Também juíza do caso, Patrícia Cerqueira Kertzman Szporer inocentou o prefeito. O caso do vice-governador, João Leão (PP), provável postulante ao mesmo posto na eleição deste ano, ainda não teve desfecho. Em sorteio, o caso dele caiu nas mãos do juiz Paulo Roberto Lyrio Pimenta, também do TRE. Leão é acusado de ter recebido R$ 100 mil, de forma não contabilizada, na campanha a deputado federal em 2010. A denúncia foi feita pelos delatores José de Carvalho Filho e Luiz Eduardo da Rocha.

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