• Operação da PF apura esquema liderado por ex-prefeita, filho e ex-secretário no sudoeste da Bahia

    Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia Foto: Marcos Oliveira | Sudoeste Bahia
    Por Vílson Nunes & Marcos Oliveira

    21/09/2017 - 10:43


    JUSTIÇA

    Na manhã desta quinta-feira (21/09), a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagram a Operação Inflet, que apura a autuação ilícita da ex-prefeita de Apuarema, no sudoeste da Bahia, Lene Ribeiro; do seu filho, Iago Novaes, ex-secretário de Administração da cidade; ex-servidores e servidores da prefeitura. O esquema contou ainda com o auxílio da ex-supervisora de Educação e da ex-chefe do Setor de Acompanhamento de Programas de Assistência ao Estudante. Segundo a PF, eles desviavam recursos federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). De acordo com as investigações, diversos servidores públicos municipais eram contratados formalmente por salários muito superiores à complexidade da atividade desempenhada. Os valores, ao invés de depositados diretamente em suas contas bancárias, eram depositados nas contas de outros servidores previamente aliciados, os quais tinham a incumbência de sacá-los e repassá-los à própria ex-prefeita ou a outros integrantes do esquema criminoso. A partir daí, segundo a PF, a maior parte era apropriada ilicitamente pelos investigados, e apenas pequena parte era efetivamente repassada, em espécie, ao servidor. Chamou a atenção o fato de que as remunerações desviadas chegavam a ser infladas em até oito vezes, tomando-se por base o valor efetivamente pago. A operação cumpre 5 mandados de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva na cidade de Apuarema. A PF informou que os investigados responderão pela prática do crime de responsabilidade previsto no art. 1º, inciso I, do Decreto-Lei nº 201/67, sem prejuízo de outros que restarem evidenciados até o final das investigações. Quanto ao nome da operação, Inflet é o termo em latim que significar inchar, inflacionar, portanto, uma referência ao procedimento utilizado para o desvio das verbas públicas.

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