• Ministro do STF tira de Moro investigações sobre Lula e Cunha relacionadas à Odebrecht

    Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
    20/06/2017 - 14:54


    JUSTIÇA

    Os recursos apresentados pelas defesas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foram aceitos pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que tirou quatro investigações relacionadas às delações premiadas dos executivos da construtora Odebrecht da alçada do juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba. A pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Fachin havia remetido os trechos das delações que mencionam Lula e Cunha para Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância. As defesas do petista e de Cunha recorreram ao relator da Lava Jato no Supremo com o argumento que os quatro episódios citados pelos delatores da empreiteira envolvendo os dois não têm relação com as irregularidades cometidas na Petrobras. Os ex-dirigentes e executivos da Odebrecht tinham mencionado episódios, em relação a Lula, nos quais o petista havia supostamente favorecido a construtora em Angola. Também foram denunciados pelos delatores pagamento de mesada a um dos irmãos de Lula e ainda supostas irregularidades na construção das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira (RO). Os fatos relatados pelos dirigentes da Odebrecht sobre Eduardo Cunha tratavam de suspeitas sobre a contratação da empresa Kroll para tentar barrar as investigações da Lava Jato. Fachin reavaliou os casos a pedido dos advogados e decidiu mandar as suspeitas sobre pagamento de mesada ao irmão de Lula para a Justiça Federal de São Paulo.

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