SUDOESTE DA BAHIA No último dia 01/06, o prefeito de Palmas de Monte Alto, Manoel Rubens Vicente da Cruz (PSD), por meio do Decreto n° 81/2017, determinou a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra a professora Terezinha Teixeira dos Santos, lotada no Colégio Municipal Eliza Teixeira de Moura, por ter, supostamente, cometido ato indisciplinar, previsto no Estatuto dos Servidores Públicos Municipais. De acordo com o referido Decreto, a denúncia partiu da Diretora da Instituição Escolar, senhora Marlene Fernandes Neves Vieira, que comunicou à Secretaria de Educação do município, que a professora vem lhe desrespeitando, bem como, teria usado meio de comunicação radiofônica, especificamente em entrevista à Rádio Visão FM, para denunciar perseguição política, por conta da distribuição de carga horária. Segundo informações obtidas pelo site Sudoeste Bahia, o Chefe do Executivo Municipal instaurou o procedimento, alegando que a servidora teria infringido o inciso II, do artigo 176, da Lei Municipal 432/2003, que dispõe, entre outras coisas, sobre a proibição de o servidor referir-se, publicamente, aos seus superiores hierárquicos, de modo depreciativo. Por meio do mesmo Ato foi constituída a Comissão responsável por conduzir o PAD, composta pelas servidoras: Ana Cristina França Castro, Maria da Solidade Nogueira Ramos Lima e Marilene da Silva Braga, que atualmente ocupam cargos em comissão, de confiança da gestão, conforme Portaria nº 06 de 13 de fevereiro de 2017. A primeira, presidente da comissão, ocupa o cargo de diretora da Escola Municipal Monteiro Lobato; a segunda, secretária da Comissão, ocupa o cargo de Coordenadora Pedagógica das Escolas do Campo; A terceira, membro da comissão, ocupa o cargo de diretora da Escola Municipal Marcelino Neves.
Por nota enviada à nossa Redação, a professora Terezinha manifestou está com a consciência tranquila, pois apenas utilizou de seu direito enquanto cidadã para expor uma situação constrangedora que vem passando no seu local de trabalho. “Fico muito triste e decepcionada em presenciar tantas ações contraditórias aos discursos políticos de boas intenções para melhorias do município, em especial da educação. Em tempo, informo a todos que estou tranquila, primeiro porque tenho um Deus Todo Poderoso que me assegura, me protege, me orienta e me livra de toda maldade, segundo porque tenho plena consciência que em nenhum momento faltei com a verdade, fui muito clara e objetiva em relatar apenas o que está me prejudicando enquanto profissional e assim o fiz porque procurei todos os meios viáveis e possíveis junto à direção da escola e à administração na tentativa de sanar o problema e até então nenhuma perspectiva de solução me foi apresentada e nenhuma proposta considerada viável para a resolução do problema foi aceita”. A reportagem também procurou a diretora citada na matéria, no entanto, apesar de ter visualizado todas as mensagens encaminhadas, a senhora Marlene não as respondeu e preferiu ficar em silêncio.
20/01
carlos henrique