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A Comissão de Minas e Energia debateu nesta quarta-feira (17/05) a situação do setor de geração de energia eólica no Brasil. A audiência pública, proposta pelo deputado José Rocha (PR-BA), discutiu os projetos em execução; as perspectivas de expansão e os entraves enfrentados para essa ampliação; a construção das linhas de transmissão entre os parques geradores e o sistema de distribuição. Discutiram o assunto: o secretário-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Moacir Carlos Bertol; o superintendente de Promoção do Investimento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Paulo Guimarães; o prefeito de Caetité –onde fica o maior parque de energia eólica do País, Aldo Ricardo Gondim; o representante da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Murilo Sérgio Lucena Pinto; e o diretor da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Sandro Yamamoto. Os dados apresentados pelos debatedores demonstram que atrasos na construção de linhas de transmissão impedem a chegada ao consumidor da energia dos parques eólicos, além de comprometer o calendário dos empreendimentos que estão em fase de construção. A ausência de novos leilões para compra de energia também afasta as empresas que têm interesse no setor. "O Governo Federal deve tomar medidas para superar os atrasos das linhas em fase de construção e promover mudanças para evitar que o problema se repita em novos projetos", destacou o deputado José Rocha. Em fevereiro deste ano, a energia eólica foi responsável por 7,1% da matriz elétrica brasileira, atingindo o 9º lugar na geração eólica no mundo. A Bahia tem 68 parques eólicos em operação comercial, mais de 150 projetos em fase de construção/outorga e alcançou o posto de segundo maior gerador de energia eólica do país, com 6,2 milhões de MWh em 2016. Atualmente, cerca de 50% da energia consumida no Nordeste é proveniente da geração eólica.