Desta forma, nos perguntamos: até quando suportaremos investidas desta natureza? Até quando nos valeremos das pífias guarnições tipo "A", contando com apenas dois PMs, na atual conjuntura, onde a criminalidade atinge o seu apogeu? Temos sinalizado isso à saciedade, contudo o nosso brado parece não ter a devida ressonância! E a nossa sinalização tem sido a de sempre evitar desfechos trágicos como o desta madrugada, na cidade dos Romeiros!
As hostes da Polícia Militar, desde a década de 90, têm sido literalmente dizimadas, sem a reposição necessária para se fazer frente à criminalidade que recrudesce e se agiganta a cada dia. Como Comandante de uma Unidade Operacional da PMBA e como Gestor, via de consequência, sentimos tais dificuldades para a condução do policiamento nas nossas cidades, mesmo envidando esforços ingentes a nível de inúmeras blitzes, retenções de veículos em nossos aquartelamentos, abordagens a pessoas, etc, para mitigar os efeitos danosos e nocivos do crime nas sociedades, as quais, assim como nós, sofrem demasiadamente com tudo isso.
Assim, manifestamos o nosso pesar às famílias dos heróicos PMs brutalmente mortos no desempenho de seus serviços, rogando aos céus que ilumine as nossas mentes, nos mostrando o caminho a seguir, as estratégias de ações devidas, como forma de efetivamente cumprirmos a nossa missão constitucional, proporcionando a paz e a harmonia social, anelo de todos nós, principalmente nesses dias tão sombrios!
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* Irlando Lino Magalhães Oliveira é Oficial da Polícia Militar da Bahia, no posto de Major do QOPM, atual Comandante da 46ª CIPM/Livramento de Nossa Senhora, e Especialista em Gestão da Segurança Pública e Direitos Humanos.
20/01
carlos henrique