• Advogado de Cunha não descarta possível acordo de delação

    Foto: Guilherme Artigas | Folhapress Foto: Guilherme Artigas | Folhapress
    24/10/2016 - 09:17


    JUSTIÇA

    O advogado do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Marlus Arns não descarta a possibilidade de uso da delação premiada no processo do peemedebista, preso desde a quarta-feira, 19, no âmbito da Operação Lava Jato. Arns, que é especializado em delação premiada, disse que a colaboração é um instrumento grave, não um salvo conduto, e que deve sempre ser analisada em qualquer processo. Apesar da declaração, ele evitou falar sobre o uso desse instrumento no caso específico de Cunha, sob alegação de que não tinha ainda discutido o assunto com seu cliente. “(A delação) é sempre um instrumento que deve ser avaliado, mas ainda não foi discutido, mas é evidentemente uma opção, que tem de ser avaliada de forma cuidadosa”, afirmou, em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (24/10), à Rádio Estadão. Na entrevista, Arns disse que sua contratação foi realizada antes da prisão de Cunha, e, portanto, não avalia que seu trabalho seria um recado para os peemedebistas, que estariam temerosos com uma provável delação do deputado cassado. “Nosso trabalho não começou no momento da prisão e eu não fui instado a tratar deste assunto e não acredito que foi um recado, mas vamos analisar esse assunto também com Eduardo Cunha.” Segundo o advogado, neste momento a defesa do ex-deputado está concentrada no relaxamento da prisão e deve protocolar ainda nesta segunda um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª região, ao qual a vara de Curitiba está vinculada.

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