• Cassação de Cunha não foi suficiente, afirma Sérgio Moro

    Foto: Lula Marques | Agência PT Foto: Lula Marques | Agência PT
    19/10/2016 - 16:20


    JUSTIÇA

    Responsável pelo despacho que determinou nesta quarta-feira (19/10) a prisão preventiva do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), o juiz federal Sérgio Moro comentou que a perda do mandato do peemedebista em setembro "não foi suficiente para evitar novas obstruções" às investigações da Operação Lava Jato. A afirmação está na decisão do juiz da Lava Jato. Ao atender o pedido de prisão feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e por procuradores da força-tarefa da Lava Jato, Moro disse que Eduardo Cunha tem como "modus operandi" agir "subrepticiamente, valendo-se de terceiros para obstruir ou intimidar". "Embora a perda do mandato represente provavelmente alguma perda do poder de obstrução, esse não foi totalmente esvaziado, desconhecendo-se até o momento a total extensão das atividades criminais do ex-parlamentar e a sua rede de influência.", disse o juiz. Segundo Moro, há provas de que Cunha foi "beneficiário de propinas" em contratos da Petrobras, em valores depositados em contas secretas no exterior e que não foram ainda totalmente recuperados. Para o juiz, a prisão foi decretada para evitar a obstrução das investigações e impedir que ele volte a cometer crimes, além de “prevenir que o acusado se refugie no exterior com o produto do crime".

MAIS NOTÍCIAS