• Operação Burla: cinco empresários foram presos pela PF por desvios de verbas; ouça os detalhes

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    Por Portal Alvorada

    14/07/2016 - 18:00


    SUDOESTE DA BAHIA

    Na manhã desta quinta-feira (14), o Procurador do Ministério Público Federal em Guanambi, Vitor Cunha Souza ao lado dos Delegados da Polícia Federal, Rodrigo Kolbe e Rômulo Berguer, e do Chefe da Controladoria Geral da União da Bahia, Adilmar Gregorine concederam entrevista coletiva onde esclareceram detalhes da operação Burla, que investigou atividades ilícitas de organizações criminosas que mantinham empresas de fachadas com o intuito de fraudar licitações, e consequentemente desviar dinheiro público. A operação teve a sua base em Guanambi, onde foram cumpridos seis mandados de condução coercitiva, três de prisão preventiva, dois de prisão temporária e quinze mandados de busca e apreensão nos municípios baianos de Caetité, Guanambi, Iuiú, Salvador e Vitória da Conquista. As investigações iniciaram quando um vereador da cidade de Pindaí denunciou um esquema fraudulento de licitação na cidade, referente ao ano de 2009; que segundo o denunciante teria sido majorado em R$ 35 mil reais. A partir daí a CGU investigou e elaborou um relatório que confirmou a denúncia do vereador. As fraudes então descobertas através da denuncia, faziam parte de um esquema maior de corrupção colocada em prática por dois empresários que constituíam empresas de fachadas, falsificavam documentos, fraude licitatória de caráter competitivo por meio de simulação de disputa e combinações de preços, além de um substancial desvio de recursos.

    Os dois empresários em questão são Josmar Fernandes Santos e Júlio César Cotrim. O primeiro comandava as empresas JK Tech Construções LTDA, Fernandes Projetos e Construções, Construjam Construções e Construtora Birajara; Júlio por sua vez comandava a Companhia Brasileira de Serviços Industriais e Infraestrutura Ltda (Cobra Siel), da Euplan Construções e da Cotrimax. Apesar de serem os reais donos das empresas, os empresários usavam de terceiros para poderem constituir as empresas, ou seja, emprestavam os seus nomes para esconderem os reais donos, caracterizando-se como “laranjas”. Essas empresas de fachada participaram de licitação entre os anos de 2009 e 2016, recebendo recursos públicos, que somados ultrapassam a quantia de R$ 80 milhões de reais. Durante as oitivas realizadas na sede do MPF em Guanambi, os “laranjas” assumiram que os empresários eram os reais donos das empresas, e que eles emprestaram os seus nomes por motivos diversos. A ação contou com 51 agentes da Policia Federal, Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União, da Bahia e de Minas Gerais. Os cinco presos foram encaminhados ao Presídio de Vitória da Conquista. Os  investigados responderão por crimes de responsabilidade fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. As condenações podem chegar a 40 anos de reclusão. Ouça o aúdio da coletiva:

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