Além disso, 64% dos entrevistados não sabe como prevenir a doença. Mesmo entre aqueles que afirmam conhecer os caminhos para a prevenção, notou-se que ainda existe um grau elevado de desinformação. Para 59% deles, prevenir é apenas uma questão de evitar a exposição ao barulho e, para 47%, a adoção de protetores auriculares é a melhor opção. Apenas 22% consideram os exames auditivos como medida preventiva fundamental, demostrando, mais uma vez, que a figura do médico é negligenciada pela população. O estudo traz outro dado preocupante, metade da amostra (50%) afirmou procurar um médico apenas quando apresenta alguma dificuldade em ouvir ou entender as pessoas, sinal de que já existe algum nível de perda auditiva. Outros 17% dos entrevistados procurariam um especialista somente se não conseguissem ouvir absolutamente nada. Em relação aos sintomas, 60% dos entrevistados afirmou reconhecer os sinais em adultos, no caso de crianças esse percentual é um pouco menor, 48%. No primeiro caso, os elementos de identificação são mais físicos, como a dificuldade em entender o que é dito, necessidade de falar muito alto, escutar TV ou rádio em volumes elevados. Já nas crianças, os sinais mais frequentes de dano auditivo são comportamentais como busca de contato visual para se comunicar e isolamento, por exemplo. “Se ouvir vozes masculinas com dificuldade e tem a sensação de que essas vozes parecem femininas, se em uma conversa parece que todos estão murmurando ou sente incômodo por barulhos altos, são alguns dos sinais de que uma pessoa tem uma perda auditiva.” explica a fonoaudióloga especialista em Audiologia. O tratamento para a perda auditiva também é pouco conhecido, 61% dos entrevistados não conhecem as possibilidades disponíveis. A maioria da população também desconhece que para cada tipo de perda auditiva, existe um tratamento específico. Dentre as opções disponíveis no mercado, estão desde osaparelhos auditivos, que amplificam os sons e otimizam a qualidade das informações; os implantes cocleares, dispositivos também chamados de “ouvido biônico” que estimulam as fibras neurais da cóclea permitindo ouvir os sons; até osimplantes de ouvido médio, o qual transformam o som em vibrações mecânicas que estimulam diretamente as estruturas do ouvido médio. Jovens que ficam expostos a altos volumes por um longo período são um grupo de risco para o desenvolvimento do problema, como é o caso de 54% dos entrevistados, na faixa entre 18 e 25 anos, que revelam se submeter voluntariamente a situações de sons altos por mais de 4 horas/dia em suasatividades de lazer e 34% ficam mais de 8 horas com fone de ouvido no volume alto.
20/01
carlos henrique