BUSCA PELA CATEGORIA "SAÚDE"

  • Sesab diz que nova variante da Covid-19 circula em Salvador e outras 16 cidades baianas

    Foto: Lacen - AC Foto: Lacen - AC
    03/02/2024 - 10:00


    As amostras das cepas JN.1 e JN.1.1 foram coletadas entre 24 de dezembro de 2023 e 11 de janeiro de 2024

    SAÚDE

    - A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) divulgou nesta sexta-feira (2) que uma nova variante da Covid-19 está em circulação em Salvador e outras 16 cidades da Bahia. De acordo com o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen), o vírus possui duas novas sublinhagens da variante Ômicron. As amostras das cepas JN.1 e JN.1.1 foram coletadas entre 24 de dezembro de 2023 e 11 de janeiro de 2024. Os municípios com a variante em circulação são: Adustina; Alagoinhas; Amélia Rodrigues; Barrocas; Camaçari; Catu; Conceição da Feira; Conceição do Coité; Feira de Santana; Paripiranga; Piatã; Pintadas; Pojuca; Salvador; Santa Bárbara; Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista. A Sesab recomenda que os municípios em que as cepas foram identificadas intensifiquem a vacinação contra a Covid-19. Roberta Santana, secretária da Saúde do Estado, fez uma alerta para que a população mantenha o esquema vacinal atualizado por causa das grandes aglomerações nas festas de verão.

  • Vacina contra dengue será distribuída para 521 cidades a partir da próxima semana

    Foto: Reprodução | Agência Brasil Foto: Reprodução | Agência Brasil
    01/02/2024 - 13:00


    O anúncio foi feita nesta quinta-feira (1°), pelo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti

    SAÚDE

    - A vacina contra a dengue, Qdenga, deve começar a ser distribuída para 521 cidades escolhidas pelo governo federal a partir da próxima semana. A liberação ocorreu após a fabricante do imunizante traduzir a bula dele para o português, uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (1°), pelo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti. O anúncio ocorreu durante uma reunião na sede da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), em Brasília. O esquema de vacinação deverá priorizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, devido a quantidade restrita de doses que chegarão no Brasil inicialmente. A decisão foi tomada porque jovens desta faixa etária representam um dos maiores números de pessoas hospitalizadas por conta da doença.

  • Ministra da Saúde espera pela "tradução da bula" para iniciar a vacinação da dengue

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    31/01/2024 - 07:00


    Para dar inicio as vacinações em fevereiro, é necessário o cumprimento da norma da Anvisa

    SAÚDE

    - Nísia Trindade, ministra da saúde, informou nesta terça-feira (30) que o governo aguarda a impressão da bula traduzida para a língua portuguesa para dar início a vacinação contra a dengue no Brasil. O Ministério da Saúde idealiza iniciar a imunização no mês de fevereiro, entretanto, para elaborar um calendário é preciso cumprir esta norma exigida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Nós ainda não iniciamos a distribuição porque há uma exigência que tem de ser cumprida pelo laboratório produtor, exigência regulatória da Anvisa de que a bula esteja em português, então o laboratório está finalizando esse processo”, disse Nísia em declaração. A declaração da ministra foi feita após reunião com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para discutir as ações de prevenção e controle da dengue no país. O painel de monitoramento de arboviroses do governo contabilizou 15 mortes pela doença somente neste ano. Outros 149 óbitos seguem em investigação. Em 2023, 41 mortes foram registradas pelas doenças. 

  • SUS: vacinação contra a dengue começa em fevereiro, em 521 municípios

    Foto: TV Brasil Foto: TV Brasil
    Por Paula Laboissière

    25/01/2024 - 10:30


    São 37 regiões de saúde consideradas endêmicas

    SAÚDE

    - O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. (Veja lista aqui). As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos. A pasta confirmou ainda que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada. “A definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica.” “Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. De acordo com a empresa, a previsão é que sejam entregues ao longo do ano, até dezembro. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses.” O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).

  • Casos de dengue explodem em 2024 e dobram em relação ao mesmo período de 2023

    Foto: Divulgação | Fiocruz Foto: Divulgação | Fiocruz
    21/01/2024 - 08:00


    Os dados são do Ministério da Saúde, que registrou 55.859 casos prováveis de dengue no país somente nas duas primeiras semanas deste ano.

    SAÚDE

    - O número de casos de dengue explodiu no país e, somente nas duas primeiras semanas de 2024, foi mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério da Saúde, que registrou 55.859 casos prováveis de dengue no país, nas duas primeiras semanas de 2023. Seis mortes foram confirmadas por complicações da doença. No mesmo período de 2023, haviam sido registrados 26.801 casos, com 17 mortes. O aumento de casos ocorre em meio ao anúncio do governo de que o número de doses da vacina de dengue só dará para imunizar no máximo 3 milhões de pessoas este ano. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante na rede pública.

  • Ministério da Saúde planeja reestruturar estoques após perder R$ 1,2 bi em vacinas e medicamentos

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    03/01/2024 - 14:30


    As perdas foram registradas em 2023, que também registrou o desperdício de medicamentos do chamado "kit intubação"

    SAÚDE

    - Em 2023, o Ministério da Saúde descartou cerca de R$ 1,2 bilhão em produtos vencidos. Para evitar que a situação se repita um ano depois, a pasta tem estudado novas formas de preservar e monitorar medicamentos e vacinas. O ministério também registrou perdas de R$ 150 milhões em medicamentos do chamado “kit intubação”, composto por analgésicos e bloqueadores musculares. As informações sobre os produtos vencidos foram divulgadas pela Folha de S.Paulo, com dados solicitados pela Lei de Acesso à Informação. Além de reorganizar a pasta em 2024, a gestão da ministra Nísia Trindade também planeja investir no repasse de recursos para que seja possível ampliar os estoques, de maneira que os produtos não sejam desperdiçados.

  • Número de profissionais que atuam no Mais Médicos aumenta 105% em 2023

    Foto: Alejandro Zambrana Foto: Alejandro Zambrana
    Por Paula Laboissière

    03/01/2024 - 10:00


    Mais 744 municípios passaram a ser atendidos pelo programa

    SAÚDE

    - Balanço do Ministério da Saúde indica que o programa Mais Médicos registrou aumento de 105% no número de profissionais atuando em 2023. Com 28,2 mil vagas preenchidas em 82% do território nacional, 86 milhões de pessoas, segundo a pasta, foram beneficiadas pelo programa. Ao longo desse período, 744 novos municípios passaram a ser atendidos. Os números mostram ainda que todos os 34 distritos sanitários indígenas foram integrados ao Mais Médicos. “Um avanço importante diante da desassistência enfrentada por essa população nos últimos anos”, avaliou o ministério. No território Yanomami, o número de profissionais passou de nove para 28. Ao todo, 977 novos profissionais atuam na saúde indígena. Ainda segundo a pasta, 41% dos participantes desistiram do programa em edições anteriores, “por falta de perspectiva profissional”. “A partir da retomada, em 2023, o Mais Médicos trouxe aos profissionais oportunidade de qualificação e aperfeiçoamento, além de incentivos e benefícios”. O Mais Médicos é classificado pelo governo federal como uma grande estratégia nacional para a formação de especialistas. A expectativa é que, nos próximos anos, cada equipe de saúde da família passe a contar com um especialista. Atualmente, o país registra mais de 50 mil equipes de saúde da família e mais de 10 mil médicos de família e comunidade.

  • Vacina contra a Covid-19 entra para o calendário infantil do Ministério da Saúde

    Foto: Reprodução | Agência Brasil Foto: Reprodução | Agência Brasil
    01/01/2024 - 09:00


    A medida começa a valer neste 1º de janeiro

    SAÚDE

    - A partir de 1º de janeiro, a vacinação contra a Covid-19 para criançar de seis meses a menores de cinco anos passará a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação. Outros públicos prioritários também serão contemplados. Hoje, a recomendação do Ministério da Saúde é que a primeira dose da vacina seja aplicada aos seis meses de idade, a segunda aos sete meses e a terceira aos nove meses. A vacina utilizada nas crianças será a Pfizer pediátrica de tampa vinho. Para crianças de 5 a 11 anos, a vacina será a de tampa laranja, indicada para a faixa etária. Para aquelas com mais de 12 anos, será a Pfizer bivalente. 

  • Brasil bate recorde de mortes por dengue em 2023

    Foto: Pixabay | Pexels Foto: Pixabay | Pexels
    29/12/2023 - 13:00


    Dados são painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde

    SAÚDE

    - O Brasil bateu recorde em 2023 em número de mortes causadas pela dengue. Os dados foram divulgados através do painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde. Neste ano, foram 1.079 falecimentos até o dia 27 de dezembro. Outros 211 casos estão em investigação. O painel ainda aponta que foram 1.641.278 diagnósticos prováveis de infecção, nos quais cerca de 52 mil tiveram evolução para a hospitalização. O quantitativo de 2023 é 17,8% mais alto que o registrado em 2022, que atingiu 1.393.684 casos. Antes, 2022 ocupava o posto como o ano mais mortal para vítimas da dengue, em que 1.053 pessoas tiveram suas vidas perdidas pela comorbidade.

  • 'Síndrome do final de ano': casos de depressão e ansiedade crescem perto da virada

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    Por Eduardo F. Filho

    06/12/2023 - 10:00


    Entenda os sintomas e como se prevenir da condição que afeta as pessoas nos últimos dias de dezembro

    SAÚDE

    - Os psiquiatras advertem: dezembro é um dos meses do ano em que eles mais trabalham. São inúmeros novos casos de pacientes com crises de ansiedade e depressão. E, nas pessoas já diagnosticadas com problemas de saúde mental, há um aumento de crises severas. O crescimento ocorre principalmente depois do Natal e perdura até o início de janeiro. No meio médico essa condição é chamada de “dezembrite”, ou doença de dezembro, conhecida popularmente como a “Síndrome do final de ano”. Ela acontece porque dezembro é conhecido como o mês de despedida e renovação. Em geral, as pessoas estão felizes, celebram as festas, reavaliam o ano que passou, estabelecem novas metas para o novo ciclo, e fazem uma reflexão pessoal do que querem e precisam mudar,e sobre quem querem ao lado. Porém, nem todo mundo se identifica com essa felicidade. Para muitos, esse período pode ser emocionalmente difícil, especialmente se não tiveram um ano muito bom, seja no âmbito pessoal ou no profissional. São pessoas que perderam entes queridos, passaram por rompimentos, doenças, dificuldades econômicas ou, simplesmente, não realizaram seus sonhos e acabam relembrando experiências que queriam ter esquecido. Criam-se camadas de angústias e ansiedade que, quando não tratadas, podem levar a quadros mais graves de depressão. — O ciclo anual é arbitrário. Os últimos dias de dezembro são aqueles em que as pessoas refletem sobre a vida delas e isso gera angústia. É como uma casa que passa o ano inteiro sem uma limpeza e, quando você estimula essa limpeza, a poeira levanta — explica o psiquiatra Arthur Danila, coordenador do Programa de Mudança de Hábito e Estilo de Vida do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Segundo o médico, é uma convocação feita pela própria sociedade: — As pessoas publicam nas redes sociais o quanto estão felizes, começam a fazer uma retrospectiva das coisas boas que aconteceram e quem já está fragilizado, quem não teve um bom ano por inúmeros fatores, acaba se espelhando no que vê e começa a rever o que houve de errado na sua vida, gerando uma crise de ansiedade — completa. Outro fator para o aumento de crises de depressão, ansiedade e angústia nessa época do ano são os encontros familiares. Com um ano marcado por opiniões exacerbadas no campo político, com a eleição, e no esportivo, com a Copa do Mundo, laços entre membros da mesma família foram quebrados e interrompidos. Ter que permanecer ao lado dessa pessoa, mesmo que por algumas horas, pode libertar sentimentos ruins guardados há tempos, se transformando em raiva, agressividade e aversão. — Este ritual, estar ao lado de pessoas que você não queria, ofende o emocional das pessoas. Ela ainda não elaborou esses laços, ainda há um rancor, um desrespeito. Isso tudo, somado a essa felicidade que precisa ser demonstrada muitas vezes de forma que não é real, faz a pessoa ficar mais irritada, reativa, violenta e desconfortável. Ano novo você é obrigado a olhar para o que estar por vir, para o futuro, ao mesmo tempo que olha o passado. Isso pode não trazer felicidade nenhuma, sendo inclusive muito dolorido para muitas pessoas — afirma a psiquiatra Camila Magalhães, especialista em transtornos do humor, além de fundadora da clínica Caliandra Saúde Mental. Os especialistas ainda explicam que pacientes já diagnosticados com depressão e ansiedade acabam se transformando em grupos de risco nessa época do ano em razão do aumento de chances de recaídas. Mesmo com apoio ao longo do ano, por conta do clima geral da população em festa, aliado ao consumo de bebidas alcoólicas, esses pacientes não conseguem acessar suas emoções e sentimentos de forma tranquila. Costumam ter insônia, ansiedade incontrolável, um aparente véu de tristeza muito forte, não conseguem elaborar de forma lúcida o que está acontecendo com a sua mente e começam a lidar muito mal com esse período específico. Prevenção — O primeiro passo é desmistificar essa felicidade, muitas vezes falsa, imposta pela sociedade no ano novo. É entender que ninguém consegue ser feliz 24 horas por dia e que é normal ter seus altos e baixos. A tristeza, a angústia, fazem parte da vida, assim como os momentos felizes. O mundo não é perfeito. O problema é como lidar com isso, como encarar os gatilhos que a vida pode trazer para avaliar o ano e não ficar frustrado ou chateado com o que conseguiu ou não conseguiu ao longo daquele período — explica a psicóloga e especialista em felicidade corporativa, Renata Rivetti. Ela afirma que a competição e comparação imposta pelas redes sociais podem ser prejudiciais para quem está passando pela “Síndrome do final de ano”, bem como as famosas metas na noite da virada. — Ter metas e objetivos é importante, claro, mas as pessoas precisam ter pé no chão. Não dá para criar metas inalcançáveis. Tem que começar com pequenos passos para não abandoná-las em fevereiro ou março. Tem que celebrar as pequenas conquistas ao longo do ano. Não adianta pensar que vai mudar toda a vida da noite para o dia. As pessoas não precisam resolver tudo nos últimos dias de dezembro, porque não vão. É uma mudança no hábito e na rotina diária ao longo dos 365 dias do ano e não nos últimos 31 — diz Rivetti. Autoavaliação - Exercícios físicos, uma alimentação mais saudável, impor horários para trabalho e lazer, ter hobbies, dar mais importância para pequenas metas realizadas, estar ao lado de quem você gosta e quer bem são alguns dos primeiros passos que podem e devem ser dados. Outro ponto que os especialistas levantam é não tentar camuflar o que o ano foi. Se ele foi triste, desafiador, com pontos a melhorar, ou decepcionante, esteja ciente disso e não tente transformá-lo em algo positivo nos últimos minutos apenas para passar uma mensagem positiva, pois isso pode desencadear sentimentos ruins em outras pessoas. — Precisamos parar de romantizar as metas e tê-las como algo inalcançável. É parar de depositar os nossos desejos nos outros e não se comparar com o próximo — diz Arthur Guerra, professor titular de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC. Bebeu demais? Como saber se sua ressaca é por excesso de bebida ou intolerância ao álcool. O cofundador da Caliandra Saúde Mental sugere um olhar para dentro: — Não culpar pessoas, como a mãe, o filho, ou o parceiro se o ano não tiver sido favorável. Existe uma tendência natural de terceirizar essa culpa, mas assumir as responsabilidades é algo primordial para quem quer se autoconhecer e não cair nas tentações dessa falsa felicidade. Confie no seu limite e até onde você pode chegar. Quanto antes entender que tudo isso depende apenas de você, menos frustração terá. A autoavaliação é tida como a atitude mais importante contra a “Síndrome do final de ano”. Ouvir os próprios sentimentos e angústias. Será que eu quero ir e participar dessa festa de final de ano com a minha família, prefiro passar com meus amigos, ou ainda prefiro passar sozinho? Será saudável eu ter contato com essa pessoa que não me acrescenta ou me agrega valores? — É necessário ouvir essas angústias. Saber o motivo pelo qual você está irritado, agressivo. É se colocar em primeiro lugar. O que eu gosto de fazer, com quem eu quero estar, isso me faz bem ou mal? Eu estou feliz ou estou anestesiado pelo sentimento coletivo de festa? Além das metas, é necessário fazer essas indagações para todas as áreas da vida. Tem muita gente que se anestesia, não dorme bem, gasta energia em redes sociais e fortalece este véu invisível da tristeza — completa Camila Magalhães.

  • EUA aprovam primeira vacina contra chikungunya

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    10/11/2023 - 15:00


    Imunizante será comercializado com o nome Ixchiq e é autorizada para pessoas com mais de 18 anos

    SAÚDE

    - A primeira vacina contra chikungunya foi aprovada pela agência regulatória norte-americana Food and Drug Administration, nesta sexta-feira (10). De dose única, o imunizante poderá ser aplicado em pessoas com 18 anos ou mais em regiões expostas ao vírus - como o Brasil - e comercializada com o nome Ixchiq. A vacina aprovada é do grupo Vanlneva, uma produtora de vacinas da Áustria. No Brasil, o Instituto Butantan tem parceria com a produtora. A vacina contém uma versão viva e enfraquecida do vírus chikungunya. A segurança foi avaliada em dois estudos clínicos realizados na América do Norte, nos quais cerca de 3,5 mil participantes com 18 anos de idade ou mais receberam uma dose da vacina. O nível de anticorpos avaliado nos participantes do estudo baseou-se em um nível que demonstrou ser protetor em primatas não humanos que receberam sangue de pessoas vacinadas. Quase todos os participantes do estudo da vacina atingiram este nível de anticorpos. Desde o surgimento da doença no Brasil, há dez anos, o país já registrou sete surtos. A chikungunya é transmitida pelo mosquito aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e do zika vírus. Segundo o Ministério da Saúde, o país já registrou mais de 1,1 milhão de casos com 909 mortes.

  • Governo da Bahia anuncia repasse de R$ 40 milhões para pagamento do piso nacional de enfermagem

    Foto: Reprodução | Freepik Foto: Reprodução | Freepik
    Por Juliana Rodrigues

    05/10/2023 - 08:30


    Destinação será para organizações sociais

    SAÚDE

    - A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) anunciou, nesta quinta-feira (5), que começará o repasse de R$ 40 milhões para organizações sociais implementarem o piso nacional de enfermagem. O encaminhamento será ainda nesta semana. Segundo a Sesab, o montante se refere ao período de maio a agosto de 2023 e será destinado a 15.895 profissionais. De acordo com a Lei nº 14.434/2022, que institui o piso, sancionada em agosto de 2022, cada uma dessas modalidades profissionais receberá um valor mínimo único em todo o país. Para os enfermeiros, o valor do piso é R$ 4.750, para os técnicos de enfermagem, é de R$ 3.325, e para os auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375 por 44 horas de trabalho semanais. A determinação do repasse foi possível após serem assinados os instrumentos contratuais que o viabilizaram, na forma orientada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).

  • Número de casos de câncer entre jovens cresce 79% em 30 anos

    Foto: Reprodução  Foto: Reprodução
    Por Juliana Rodrigues

    08/09/2023 - 07:00


    Após o câncer de mama, os tipos que mais causaram mortes foram os de traqueia, pulmão, estômago e intestino

    SAÚDE

    - O número de casos de câncer entre pessoas com menos de 50 anos aumentou 79% nas últimas três décadas. Isso é o que revela um estudo publicado na revista científica "BMJ Oncology" nesta semana. O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e da Universidade de Zhejiang, na China, analisou dados de 29 tipos de câncer em 204 países e regiões, incluindo o Brasil. De acordo com os dados, em 2019 foram registrados um total de 3,26 milhões de novos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos. Já em 1990, essa taxa estava próxima de 1,8 milhão de casos. Após o câncer de mama, os tipos que mais causaram mortes e impactaram negativamente a saúde foram os de traqueia, pulmão, estômago e intestino, com os maiores aumentos nas taxas de morte entre pessoas com câncer de rim ou ovário. Os pesquisadores atribuem o aumento do número de casos de câncer entre jovens a uma combinação de fatores, incluindo obesidade, álcool e tabagismo.

  • Sesab anuncia que piso da enfermagem será pago na folha salarial de setembro

    Por Juliana Rodrigues

    04/09/2023 - 19:00


    Segundo a secretaria, os profissionais devem receber o dinheiro no próximo dia 29

    SAÚDE

    - O Governo do Estado da Bahia comunicou, nesta segunda-feira (4), que o piso salarial deverá ser pago em setembro. Os profissionais da área que atuam sob gestão direta da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) devem receber o dinheiro no próximo dia 29, referente ao repasse feito pelo Ministério da Saúde (MS), feito em 23 de agosto. Em nota, a Sesab informou que o piso para os enfermeiros é de R$ 4.750. Já para os técnicos de enfermagem, o piso será de R$ 3.325, e para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375. A secretaria ainda alertou que serão beneficiados pelo auxílio financeiro complementar somente profissionais que recebem um valor abaixo do piso de sua respectiva área. Em observação, o órgão afirmou que cerca de 55% dos agentes da rede estadual recebem o piso ou acima dele.

  • Covid-19: Brasil tem alta da variante Éris; Rio de Janeiro confirma transmissão local

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    31/08/2023 - 08:00


    Segundo Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a nova onda deve durar entre 4 e 6 semanas

    SAÚDE

    - Dois levantamentos, um da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e outro do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), divulgados nesta quarta-feira (29), apontam que a taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou no Brasil nas primeiras semanas de agosto. O Presidente da Abramed, Wilson Shcolnik, informou que "a nova variante [chamada Éris] demonstrou ser muito transmissível, entretanto ela não traz quadros muito graves nas pessoas que são infectadas". Segundo o levantamento, o número de infecções saiu de 6,3% (29 de julho a 4 de agosto) para 13,8% (em 12 a 18 de agosto). Já de acordo com o ITpS, saiu de de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que a variante Éris, já está circulando livremente na cidade. "O Laboratório de Vigilância Genômica da Fiocruz confirmou o primeiro caso da variante trata-se de um paciente de 46 anos que havia se vacinado, mas não tinha tomado a bivalente, e que apresentou sintomas leves”, descreveu o secretário Daniel Soranz. Atual onda da Covid-19 deve durar entre 4 e 6 semanas, segundo Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

  • Quase 3 mil baianos esperam na fila de transplante de órgãos, aponta Sesab

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    23/08/2023 - 08:00


    Número é referente a janeiro e julho deste ano, e abarca espera por transplantes de córneas, rins e fígados.

    SAÚDE

    - Quase 3 mil pessoas estão na fila de transplantes de órgãos na Bahia, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). os dados são referentes ao período entre janeiro e julho deste ano. As 2.871 pessoas aguardam doações de rins, córneas e fígados para voltarem a viver de forma saudável. Segundo a secretaria, a maior espera é referente ao transplante de rins, com 1.597 de pessoas na fila. Mais 1.252 aguardam o transplante de córnea e, 22, de fígado. Com apenas 5% dos rins em funcionamento, o pedreiro Silvanio Melo da Silva é um dos pacientes que aguarda pela doação. Atualmente, ele precisa fazer três sessões de hemodiálise por semana, que duram quatro horas cada. "Minhas pernas começaram a inchar, e eu comecei a ter dificuldade de andar. Durante o serviço, me deitei no chão e não consegui levantar mais. Quando fiz o exame, vi que 95% dos meus rins estavam afetados", contou. Por causa da doença, Silvanio não consegue mais trabalhar. Além disso, o mau funcionamento dos rins o obriga a tomar 25 comprimidos por dia e ter diversas restrições alimentares. Carne, por exemplo, é um alimento que ele só pode comer uma vez por mês. Assim como os outros pacientes, não há uma previsão para que Sivanio receba o órgão. As doações dependem do grau de urgência do paciente, da disponibilidade do órgão e da compatibilidade do órgão. Quando os pré-requisitos são cumpridos, o paciente está apto a receber o transplante. De acordo com a Sesab, 587 transplantes foram realizados neste ano. Entre eles estão: 311 de córneas, 172 de rins, 83 de medulas e 21 de fígado, totalizando 587 transplantes. Já o Ministério da Saúde divulga outros dados. De acordo com o órgão, foram feitos 541 transplantes entre janeiro e julho deste ano. Além disso, o órgão contabiliza 3.262 pessoas na fila de espera para transplante de rins, fígado e córneas. Sobre a diferença dos números, o MS afirma que contabiliza não só as pessoas que aguardam transplantes na Bahia, mas também os baianos que aguardam as doações em outras cidades. As informações são do G1. 

  • Pandemia de Aids pode acabar até 2030, diz Unaids

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    Por Ludmilla Souza

    13/07/2023 - 12:00


    Novo relatório descreve caminho para alcançar meta

    SAÚDE

    - O fim da Aids é uma escolha política e financeira dos países e lideranças que estão seguindo esse caminho e estão obtendo resultados extraordinários, o que pode levar ao fim da pandemia de Aids até 2030. É o que mostra um novo relatório divulgado nesta quinta-feira (13) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). O relatório - denominado O Caminho que põe fim à Aids - expõe dados e estudos de casos sobre a situação atual da doença no mundo e os caminhos para acabar com a epidemia de Aids até 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Segundo a entidade, esse objetivo também ajudará o mundo a estar bem preparado para enfrentar futuras pandemias e a avançar no progresso em direção à conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. O Unaids lidera e inspira o mundo a alcançar sua visão compartilhada de zero novas infecções por HIV, zero discriminação e zero mortes relacionadas à Aids. O programa atua em colaboração com parceiros globais e nacionais para combater a doença. Meta: 95-95-95 - Países como Botsuana, Essuatíni, Ruanda, República Unida da Tanzânia e Zimbábue já alcançaram as metas 95-95-95. Isso significa que, nesses países, 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico; 95% das pessoas que sabem que vivem com HIV estão em tratamento antirretroviral que salva vidas; e 95% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida. Outras 16 nações, oito das quais na África subsaariana - região que representa 65% de todas as pessoas vivendo com HIV - também estão perto de alcançar essas metas. Brasil: 88-83-95 - O Brasil, por sua vez, também está no caminho, com suas metas na casa de 88-83-95. Mas o país ainda enfrenta obstáculos, causados especialmente pelas desigualdades, que impedem que pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade tenham pleno acesso aos recursos de prevenção e tratamento do HIV que salvam vidas. Na visão da Oficial de Igualdades e Direitos do Unaids Brasil, Ariadne Ribeiro Ferreira, o movimento em casas legislativas municipais, estaduais e no Congresso Nacional de apresentar legislações criminalizadoras e punitivas que afetam diretamente a comunidade LGBTQIA+, especialmente pessoas trans, pode aumentar o estigma. “Este movimento soma-se às desigualdades, aumentando o estigma e discriminação de determinadas populações e pode contribuir para impedir o Brasil de alcançar as metas de acabar com a Aids até 2030”, diz ele. Lideranças - "O fim da Aids é uma oportunidade para as lideranças de hoje deixarem um legado extraordinariamente poderoso para o futuro", defende a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima. "Essas lideranças podem ser lembradas pelas gerações futuras como aquelas que puseram fim à pandemia mais mortal do mundo. Podem salvar milhões de vidas e proteger a saúde de todas as pessoas", acrescenta. O relatório destaca que as respostas ao HIV têm sucesso quando baseadas em uma forte liderança política com ações como respeitar a ciência, dados e evidências; enfrentar as desigualdades que impedem o progresso na resposta ao HIV e outras pandemias; fortalecer as comunidades e as organizações da sociedade civil em seu papel vital na resposta; e garantir financiamento suficiente e sustentável. Investimentos - O relatório do Unaids mostra, também, que o progresso rumo ao fim da Aids tem sido mais forte nos países e regiões com maior investimento financeiro. Na África Oriental e Austral, por exemplo, as novas infecções por HIV foram reduzidas em 57% desde 2010 e o número de pessoas em tratamento antirretroviral triplicou, passando de 7,7 milhões em 2010 para 29,8 milhões em 2022. Com o apoio e investimento no combate à Aids em crianças, 82% das mulheres grávidas e lactantes vivendo com o HIV em todo o mundo tiveram acesso ao tratamento antirretroviral em 2022, em comparação com 46% em 2010, o que levou a uma redução de 58% nas novas infecções por HIV em crianças de 2010 a 2022, o número mais baixo desde a década de 1980. Marcos legais - Segundo o relatório, o fortalecimento do progresso na resposta ao HIV passa pela garantia de que os marcos legais e políticos não comprometam os direitos humanos, mas os protejam. Vários países revogaram leis prejudiciais em 2022 e 2023, incluindo Antígua e Barbuda, Ilhas Cook, Barbados, São Cristóvão e Nevis e Singapura que criminalizavam as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Financiamento - O financiamento para o HIV também diminuiu em 2022, tanto de fontes internacionais quanto domésticas, retornando ao mesmo nível de 2013. Os recursos totalizaram US$ 20,8 bilhões em 2022, muito aquém dos US$ 29,3 bilhões necessários até 2025, afirma o documento. O relatório expõe, no entanto, que existe agora uma oportunidade para acabar com a Aids na medida em que a vontade política é estimulada por meio dos investimentos em resposta sustentável ao HIV. Esses recursos devem ser focados no que mais importa, reforça o Unaids: integração dos sistemas de saúde, leis não discriminatórias, igualdade de gênero e fortalecimento das redes comunitárias de assistência e apoio. "Os fatos e os números compartilhados neste relatório não mostram que o mundo já está no caminho certo, mas indicam claramente que podemos chegar lá. O caminho a seguir é muito claro”, observa a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima.

  • Nem todo nódulo nas mamas é câncer; saiba quando buscar ajuda médica

    Foto: Reprodução Foto: Reprodução
    Por Juliana Rodrigues

    11/07/2023 - 22:59


    Segundo dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% dos nódulos mamários são benignos

    SAÚDE

    - Ocorrências de nódulos nas mamas são um motivo de preocupação para muitas mulheres em todo o mundo. No entanto, é essencial entender que nem todos os nódulos são malignos. Segundo dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% dos nódulos mamários são benignos. A mastologista Milena Pessoa ressalta que é importante que as mulheres conheçam seu próprio corpo e estejam atentas a quaisquer alterações nas mamas. Em geral, um nódulo benigno é geralmente macio, indolor e de consistência regular. No entanto, se você notar um nódulo que seja duro, irregular ou doloroso, é aconselhável procurar imediatamente um profissional de saúde para uma avaliação detalhada. De acordo com especialistas, embora a maioria dos nódulos mamários benignos não represente um risco à saúde, é necessário investigá-los para descartar a possibilidade de câncer. 

    Foto: Divulgação
    Foto: Divulgação

    A mastologista recomenda que mulheres com mais de 40 anos realizem exames de mamografia regularmente para a detecção prévia de qualquer anomalia. Para aquelas com histórico familiar de câncer de mama, a idade recomendada para iniciar os exames é mais precoce, geralmente aos 35 anos. O diagnóstico antecipado é fundamental para o tratamento eficaz do câncer de mama. Portanto, é importante que as mulheres não hesitem em buscar ajuda médica se notarem qualquer alteração nas mamas. A realização regular de exames das mamas e o acompanhamento médico são essenciais para a detecção precoce e, consequentemente, para uma maior taxa de sucesso no tratamento. “Não devemos ignorar qualquer alteração ou sinal de alerta. A informação é uma aliada poderosa na luta contra o câncer de mama, e a conscientização é a chave para a prevenção e o diagnóstico precoce. Cuidar da sua saúde e não deixar de realizar exames regulares é um sinal de amor próprio”, finaliza Milena Pessoa.

  • Uma nova praga para os jovens: cigarros eletrônicos viram febre e criam legião de viciados em nicotina

    Foto: Reprodução | Freepik Foto: Reprodução | Freepik
    Por Mariana Bamberg / Jornal Metropole

    22/06/2023 - 09:30


    Os cigarros eletrônicos surgiram no exterior como uma alternativa ao hábito de fumar ou até uma estratégia para ajudar a largar o vício, o que é um mito

    SAÚDE

    - Vape ou pod. O nome é simpático. Seus formatos também - muitas vezes, simulam um pendrive ou um batom. O sabor também é atraente, vai de menta até algodão doce. Prometem não só glamour, mas ainda auxílio na tentativa de largar o vício do tabaco. Mas, por trás de tudo isso, a face verdadeira dos cigarros eletrônicos escondem mais de duas mil substâncias prejudiciais ao pulmão e níveis de nicotina muito superiores ao que é encontrado no cigarro tradicional. O dispositivo, que de inofensivo tem nada, se tornou uma armadilha que ameaça a saúde pública, sobretudo para os jovens.

    Os cigarros eletrônicos surgiram no exterior como uma alternativa ao hábito de fumar ou até uma estratégia para ajudar a largar o vício. Mito. Um mito com consequências perversas e geracionais. O dispositivo definitivamente não é prescrito para isso e não auxilia nesse processo. Ele, na verdade, tem muito mais nicotina. Exames realizados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo indicaram que os níveis da substância em jovens que consomem vape são o equivalente ao consumo de 20 cigarros tradicionais por dia. A média diária do brasileiro fumante é de sete cigarros.

    Inimigos desconhecidos

    A nicotina é o vilão conhecido dessa história, mas também fazem parte dessa armadilha outras duas mil substâncias - entre elas produtos cancerígenos e tóxicos que podem causar problemas pulmonares e cardiovasculares. De acordo com a médica pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, uma grande parte desses componentes ainda é desconhecida, mas já se sabe que até metais pesados são liberados durante o aquecimento do líquido presente no dispositivo.

    “Então, não é só a dependência química causada pela nicotina. É também a exposição a determinadas substâncias que, quando aquecidas a uma temperatura muito alta, seguramente vai causar uma injúria pulmonar”, explicou a pesquisadora em entrevista à Rádio Metropole. 

    Danos letais

    Além do aumento de problemas cardiovasculares, os países que adotam esse tipo de produto estão registrando uma espécie de epidemia de uma síndrome respiratória aguda identificada há três anos e causada pelo consumo do vape. A chamada evali vem se apresentando com sintomas comuns, como tosse, dor torácica, falta de ar, febre, calafrios, mas tem matado rapidamente muitos jovens. Nos Estado Unidos, por exemplo, antes da pandemia da Covid-19, foram relacionadas ao evali mais de 2,8 mil internações e 68 óbitos de jovens. No Brasil, de acordo com a pesquisadora da Fiocruz, as informações são escassas e, talvez por conta disso, ainda não há registro de mortes atribuídas a esse quadro.

    Segundo o cirurgião torácico e pesquisador do Senai Cimatec Ricardo Sales, para algumas pessoas, o vape pode ser ainda pior do que o convencional. “A maneira que o cigarro eletrônico é consumido parece uma gordura que você inala e se acumula nos brônquios causando inflamação crônica, fibrose pulmonar. Então, digo que pode ser que seja até pior do que o cigarro convencional, mas ainda estamos acumulando informação para poder afirmar com mais veemência. O que a gente sabe é que causa sim mal e que deve ser evitado”, afirmou em entrevista à Rádio Metropole.

    Oferta perversa

    Basta uma rápida pesquisa na internet, que o próprio Google elenca e até traça rotas para lojas que comercializam o dispositivo. Nas praias, em portas de bares e restaurantes também não são raros os vendedores oferecendo cigarros eletrônicos. Apesar do fácil acesso, no Brasil, a venda do vape é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há 14 anos. 

    Os dispositivos chegam ao país por contrabando ou fabricação clandestina, o que torna a qualidade do produto ainda mais duvidosa. Só nos seis primeirs meses de 2023, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu nas rodovias que cortam a Bahia 160 cigarros eletrônicos. O resultado desse cenário enevoado é um número cada vez maior de pessoas caindo nesta armadilha. Uma pesquisa realizada pelo Ipec apontou que só entre 2018 e 2022 o número de pessoas que usam o cigarro eletrônico quadruplicou no Brasil. Passou de 500 mil para 2,2 milhões consumidores.

    Novos alvos

    Assim como aconteceu com os cigarros convencionais, os eletrônicos chegam ao mercado disfarçados com a sensação de glamour, mas com preços acessíveis. É possível adquirir um vape por menos de R$50. Com todos esses atrativos, os jovens então são as presas perfeitas para esta armadilha.

    Por isso, a pesquisadora da Fiocruz é categórica. Para ela, os cigarros eletrônicos são “a nova desgraça que contamina a juventude”. E não é para menos. Um levantamento publicado neste ano, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mostrou que um em cada cinco brasileiros de 18 a 24 anos já usaram, pelo menos uma vez na vida, o cigarro eletrônico. Dos 2,8 mil  internados com evali nos Estados Unidos, 70% tinham menos de 34 anos.

    “Não hesito em classificar como a nova desgraça na saúde pública, porque esses jovens vão se tornar uma nova legião de adictos de nicotina em um futuro muito próximo. E as pessoas que conseguiram parar de fumar e estão se iludindo que com o cigarro eletrônico vão poder interromper o vício de novo, elas terão um risco muito grande de se tornar de novo adictos do hábito de fumar”, avaliou Dalcomo.

    A indústria de sempre

    Se para alguns os dispositivos representam uma falsa sensação de glamour que mais tarde vai se transformar em graves problemas de saúde, para outros, o vape é simplesmente uma forma de recuperar a demanda. Nos últimos 60 anos, o Brasil saiu de 35% para 10% da população fumante. A única prejudicada nisso foi a indústria tabageira, a quem a  Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui mais de 8 milhões de mortes por ano. 

    “Quem está produzindo o vape é quem já produzia cigarro. Não são novos produtores, é a mesma origem. Isso não é por acaso e nem é um gesto de bondade a favor da saúde ou do bem comum. São grandes interesses econômicos que estão envolvidos nisso”, avaliou Dalcomo. 

    Por trás de uma indústria milionária há sempre um forte lobby no Congresso Nacional para defender os interesses de um mercado nem sempre tão saudável. No caso dos vapes não é diferente, há 14 anos a indústria tabageira permanece pressionando para que eles sejam regulamentados, com a desculpa de que isso traria mais segurança para os consumidores. Os legisladores e a Anvisa, no entanto, não têm cedido e os dispositivos continuam proibidos no Brasil.

    CONTINUE LENDO
  • Apenas 13% dos adultos tomaram reforço para Covid com vacina bivalente no Brasil

    Foto: Reprodução      Foto: Reprodução
    19/06/2023 - 08:30


    O levantamento ainda aponta que a cobertura especialmente baixa está entre os mais jovens, com menos de 2% na cobertura

    SAÚDE

    - Quase dois meses após a liberação da vacina bivalente para todos aqueles com mais de 18 anos, a procura pelo imunizante tem sido consideravelmente baixa. De acordo com o levantamento da Folha de São Paulo, apenas 13% do público elegível no Brasil tomou a nova dose. O levantamento ainda aponta que a cobertura especialmente baixa está entre os mais jovens. A imunização infantil encontra-se agravada, com menos de 2% na cobertura. Entre as crianças de  6 meses a 4 anos, apenas 1,4% alcançou o esquema completo recomendado, que é com três doses do modelo adequado da Pfizer. A bivalente, produzida pela farmacêutica Pfizer, garante proteção contra a cepa original, que causou a primeira onda da pandemia de covid-19, e suas variantes. Para tomar o reforço é necessário que a última aplicação das duas ou mais doses da vacina monovalente tenha ocorrido há no mínimo quatro meses. O novo imunizante está disponível para qualquer adulto. Em entrevista ao jornal, a pesquisadora da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Margareth Dalcolmo, defendeu a relevância da contínua imunização com o novo imunizante disponível. “É muito nocivo que a procura para vacinação bivalente esteja ainda tão baixa no Brasil, uma vez que tem surgido estudos mostrando que a proteção adicional que se obtém contra as novas variantes que circula é muito alta”, afirma a especialista.